Festival Política 2024
21 Nov18:00
- 23 Nov23:15
Convento São Francisco
Preço:
*Entrada gratuita
A partir do dia 12 de novembro poderá levantar o seu bilhete gratuito na Bilheteira do Convento São Francisco, diariamente entre as 15h00 e as 20h00. Será permitido o levantamento de 2 bilhetes, por pessoa, mediante a lotação. Não são permitidas reservas.
O Festival Política, que está a fazer a sua digressão por várias cidades com a "Intervenção” como tema central da programação, culmina de 21 a 23 de novembro em Coimbra. O Convento São Francisco será o epicentro do Festival Política, com uma programação que inclui cinema, música, humor, exposições, conversas e atividades com escolas. A programação do Política totaliza cerca de 15 atividades que irão decorrer entre o Grande Auditório, o Café Concerto, a Sala D. Afonso Henriques e a Black Box do Convento São Francisco.
Mais informações: www.festivalpolitica.pt
Programa
21 de novembro, quinta-feira
18h00 / Música / M/6 / Praça 8 de Maio - em frente ao edifício da CMC
Abertura - Festival Política
Lucas Pina, 60' (São Tomé e Príncipe)
O cantor São Tomense Lucas Pina tornou-se conhecido do grande público depois da participação no "Got Talent Portugal”, com "Rapazes do Milongo” em dupla com Moreno.
Lançou no dia 8 de março, "Mamã”, uma ode às ações e gestos da mãe para os seus filhos. Ao longo do ano irá lançar mais músicas onde explora os temas da saudade, superação e transição para a vida adulta.
19h00 / Cinema / M/12 / Palco grande auditório
A sala de professores, de lker Çatak, 98’ (Alemanha)
Carla Nowak, uma jovem professora de Educação Física e de Matemática do ensino secundário, apresenta-se para a sua primeira aula numa nova escola. O que mais diferencia Carla dos seus novos colegas é o seu idealismo. Mas uma série de furtos por resolver azeda o ambiente entre o pessoal docente. Quando um estudante turco é acusado e chamado de forma humilhante ao diretor, Carla decide investigar. Com a ajuda de uma câmara oculta e para surpresa de todos, expõe o ladrão: a discreta secretária do pessoal, Friederike Kuhn.
Estreado no Festival de Cinema de Berlim, nomeado para o Óscar de melhor filme internacional e considerado um dos cinco melhores filmes internacionais de 2023 pelo National Board of Review, "A sala de professores” foi o vencedor dos Prémios Lux.
Filme exibido em parceria com o Gabinete do Parlamento Europeu em Lisboa.
21h00 / Instalação / Project Room— inauguração
Nunca tantos deveram a tão poucos, de Sara Folhas
Perante a crise habitacional que assombra o contexto nacional, fator que aprofunda a precariedade no acesso à educação, as repúblicas de Coimbra prevalecem como pólos socioculturais resistentes numa luta contra a gentrificação e a evaporação dos seus pontos de encontro. A instalação pretende explorar o seu passado, presente e futuro, refletindo sobre as possibilidades de continuidade, sustentabilidade e sobrevivência destes espaços. Uma instalação da autoria de Sara Folhas. Projeto vencedor do concurso de bolsas para jovens artistas, ativistas e criadores desenvolvido pelo Festival Política e pelo Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ).
21h30 / Cinema + conversa / M/12 / Palco grande auditório
Onde está o Zeca?, de Tiago Pereira
A música é emocional, toca nos sentidos e no coletivo, depois pode-se intelectualizar e racionalizar o seu impacto, o seu discurso. Qualquer canção intervém num espaço público, pois qualquer manifestação nesse espaço é sempre um ato político. Quem faz música e canções além de autor tem o seu contexto, o seu percurso, as suas origens e as suas ideias. O que se procura aqui é escutar esses autores e autoras e divulgar a sua voz fazendo uma análise coletiva. José Afonso marcou um tempo mas continua ainda presente. Há ainda esta ideia muito portuguesa de um rosto, de um indivíduo que marcou com a sua visão e forma de fazer completamente diferente, que pode voltar e salvar isto tudo, mas não seremos todos nós capazes de o fazer todos os dias? Onde está o Zeca? Onde estamos nós? "Onde está o Zeca?” é uma coprodução A música portuguesa a gostar dela própria e do Festival Política. Filme legendado em português. Conversa com o realizador e convidados com interpretação para Língua Gestual Portuguesa (LGP).
22 de novembro, sexta-feira
10h00 (escolas) e 19h00 (público em geral) / Cinema e conversa / M/12 / Palco do grande auditório
A cor da liberdade, de Julio Pereira, 69’ (Portugal)
Documentário que parte da história de José Pedro Soares, ex-preso político que foi detido e torturado pela PIDE entre 1971 e 1974, e contextualiza Portugal e a sua realidade social à época, através das memórias de ex-presos políticos, historiadores, jornalistas e artistas. Uma mensagem de luta e diferentes formas de resistência que é urgente conhecer e preservar. Filme falado e legendado em português.
18h00 / Conversa Beers & Politics / Café Concerto
Portugal desistiu de combater a corrupção?, com João Paulo Batalha
Uma conversa descomprometida de café onde a primeira cerveja é oferecida pelo Festival Política.
A alínea j) do Programa do Movimento das Forças Armadas, apresentado a 25 de Abril de 1974, prescrevia como medida imediata do novo regime "o combate eficaz contra a corrupção”. 50 anos depois, a corrupção é a grande ameaça à democracia. Portugal desistiu deste combate? Uma conversa descontraída que assinala a estreia do formato Beers & Politics em Portugal.
João Paulo Batalha é vice-presidente da associação Frente Cívica, dedicada à defesa de questões de interesse público, e consultor nas áreas da boa governança, transparência e políticas de combate à corrupção, além de colunista e conferencista, tratando temas ligados à integridade pública e à participação cívica. Em 2010, foi um dos fundadores da Transparência Internacional Portugal, tendo desempenhado as funções de diretor executivo e presidente da direção. Com interpretação para Língua Gestual Portuguesa (LGP) mediante solicitação através do e-mail participa.politica@gmail.com.
21h30 / Concerto / M/6 / Sala D. Afonso Henriques
Luta Livre, 75’
Depois de projetos como Peste & Sida, Despe e Siga ou A Naifa, é em Luta Livre que Luís Varatojo olha para a sociedade de forma acutilante, fazendo da cantiga a sua arma. Neste 2024, irá celebrar os 50 anos da Revolução dos Cravos com um novo espetáculo especialmente criado para a efeméride, com forte impacto visual, apresentando ao vivo os temas dos álbuns "Técnicas de Combate” (2021) e "Defesa Pessoal” (2023). Com interpretação para Língua Gestual Portuguesa (LGP).
23 de novembro, sábado
16h00 / Conversas dinâmicas / Foyer
Todas As Vozes, com Ana Cristina Pereira
Ana Cristina Pereira é uma jornalista empenhada na escuta dos grupos sociais mais vulneráveis. Faz um esforço para trazer para as páginas do jornal Público e para os seus livros as histórias dos "desimportantes” - os invisíveis, os esquecidos, os proscritos, os do baixo, os de trás, os da margem. Ouvir todas as vozes é um imperativo ético, mais ainda agora que em tanto lado crescem grupos misóginos, homofóbicos, xenófobos, racistas. Nesta sessão, partilha a sua reflexão sobre a diversidade social e cultural, a importância de escutar quem não está nos centros de poder e a responsabilidade de informar, de documentar o presente. Faz isso recorrendo a exercícios pensados para puxar quem a ouve para dentro deste debate que diz respeito a todas as pessoas.
Com interpretação para Língua Gestual Portuguesa (LGP) mediante solicitação através do e-mail participa.politica@gmail.com.
17h45 / Música / Foyer
Dar Voz à Sombra, Catarina Pastilha, 10’
É um projeto musical que pretende trazer a palco ideias e emoções de pessoas que vivem na penumbra da sociedade. Uma obra de três andamentos (a Escuridão, a Pessoa e a Luz), para soprano e piano, com música, letra e voz de Catarina Pastilha, acompanhada ao piano por Raquel Resende. Projeto vencedor do concurso de bolsas para jovens artistas, ativistas e criadores desenvolvido pelo Festival Política e pelo Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ). Com interpretação para Língua Gestual Portuguesa (LGP).
18h30 / Performance /M/6 / Black Box
AMI.LCAR, de Djam Negui, 60’
AMI.LCAR é um espetáculo inspirado na vida e obra do pensador de um dos maiores líderes de todos os tempos ⎯ Amílcar Cabral. Num exercício de extensão do seu legado, o artista Djam Neguin ficciona episódios da sua existência e da sua ideologia emancipatória, anticolonial e ecológica, a partir do uso de dispositivos multimédia e da inteligência artificial, tensionando o real e o virtual, o humano e o pós-humano. Com interpretação para Língua Gestual Portuguesa (LGP). Informamos que este espetáculo contempla a utilização de luzes estroboscópicas.
21h30 / Humor / M/16 / Grande auditório
O que importa é participar, espetáculo de Hugo van der Ding, 120’
O que importa, como sabemos, é participar. Ainda que, por vezes, não levemos a taça para casa. A História de Portugal está cheia de participações especiais. Como daquela vez que os padres se passaram com o rei e o puseram a andar (1245). Ou quando o povo de Lisboa mandou o bispo de Lisboa em voo pela janela da Sé (1383). Ou aquela vez em que as fiandeiras do Porto se revoltaram contra o rei, que era espanhol (1629). Ou quando, no Brasil, o Zumbi dos Palmares lançou luta contra os portugueses (1695). Ou quando os trabalhadores das obras do Palácio de Mafra cruzaram os braços até que lhes pagassem o que deviam (1732). Ou quando os pescadores de Olhão se revoltaram contra as tropas dos franceses (1808). Ou quando um grupo de mulheres do Norte quis à força enterrar uma velha numa igreja (1846). Ou quando os tipógrafos de um jornal fazem a primeira greve fabril em Portugal (1849). Ou quando umas curandeiras burlonas chinesas quase derrubaram a República (1911). Ou quando andou tudo à batatada pela falta de batatas (1917). Ou quando, contra a ditadura do Estado Novo, se assaltou um barco (1961), um avião (1961) e um banco (1967). Terminando tudo, faz agora cinquenta anos, num dia inicial inteiro e limpo (1974). Com interpretação para Língua Gestual Portuguesa (LGP).
23h15 / Cinema / M/18 / Grande auditório
Will you come with me?, de Derya Durmaz, 2’ (Alemanha)
Uma pequena história passada em Berlim. A cidade que aparenta ser um território de liberdade, dá uma bofetada na cara no momento das relações mais íntimas.
Fragments, de Marie-Lou Béland, 9’ (Canadá)
Vozes de mulheres levantam-se para testemunhar momentos de violência sexual. São fragmentos de experiências que traçam um retrato social.
Nadie se enamora en un cine porno, de Varinia Perusin, 9’ (Argentina)
H. é um homem adulto que frequentou cinemas de filmes pornográficos de Mar del Plata durante a maior parte de sua vida. Após uma experiência reveladora, reavalia a forma como se relaciona com a sociedade.
Maghreb’s hope, de Bassem Ben Brahim, 24’ (Argélia, Brasil, Marrocos e Tunísia)
Retratos das experiências de pessoas queer do Magrebe, nomeadamente da Líbia, Argélia, Tunísia e Marrocos. São pessoas que, corajosamente, quebraram tabus sociais em torno do seu género e sexualidade, desafiando os sistemas legais, sociais e familiares.
Acessibilidades
Todos os espetáculos e debates têm interpretação para língua gestual portuguesa e todos os filmes, incluindo os falados em português, estão legendados em português.
Mais informações: www.festivalpolitica.pt
Programa
21 de novembro, quinta-feira
18h00 / Música / M/6 / Praça 8 de Maio - em frente ao edifício da CMC
Abertura - Festival Política
Lucas Pina, 60' (São Tomé e Príncipe)
O cantor São Tomense Lucas Pina tornou-se conhecido do grande público depois da participação no "Got Talent Portugal”, com "Rapazes do Milongo” em dupla com Moreno.
Lançou no dia 8 de março, "Mamã”, uma ode às ações e gestos da mãe para os seus filhos. Ao longo do ano irá lançar mais músicas onde explora os temas da saudade, superação e transição para a vida adulta.
19h00 / Cinema / M/12 / Palco grande auditório
A sala de professores, de lker Çatak, 98’ (Alemanha)
Carla Nowak, uma jovem professora de Educação Física e de Matemática do ensino secundário, apresenta-se para a sua primeira aula numa nova escola. O que mais diferencia Carla dos seus novos colegas é o seu idealismo. Mas uma série de furtos por resolver azeda o ambiente entre o pessoal docente. Quando um estudante turco é acusado e chamado de forma humilhante ao diretor, Carla decide investigar. Com a ajuda de uma câmara oculta e para surpresa de todos, expõe o ladrão: a discreta secretária do pessoal, Friederike Kuhn.
Estreado no Festival de Cinema de Berlim, nomeado para o Óscar de melhor filme internacional e considerado um dos cinco melhores filmes internacionais de 2023 pelo National Board of Review, "A sala de professores” foi o vencedor dos Prémios Lux.
Filme exibido em parceria com o Gabinete do Parlamento Europeu em Lisboa.
21h00 / Instalação / Project Room— inauguração
Nunca tantos deveram a tão poucos, de Sara Folhas
Perante a crise habitacional que assombra o contexto nacional, fator que aprofunda a precariedade no acesso à educação, as repúblicas de Coimbra prevalecem como pólos socioculturais resistentes numa luta contra a gentrificação e a evaporação dos seus pontos de encontro. A instalação pretende explorar o seu passado, presente e futuro, refletindo sobre as possibilidades de continuidade, sustentabilidade e sobrevivência destes espaços. Uma instalação da autoria de Sara Folhas. Projeto vencedor do concurso de bolsas para jovens artistas, ativistas e criadores desenvolvido pelo Festival Política e pelo Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ).
21h30 / Cinema + conversa / M/12 / Palco grande auditório
Onde está o Zeca?, de Tiago Pereira
A música é emocional, toca nos sentidos e no coletivo, depois pode-se intelectualizar e racionalizar o seu impacto, o seu discurso. Qualquer canção intervém num espaço público, pois qualquer manifestação nesse espaço é sempre um ato político. Quem faz música e canções além de autor tem o seu contexto, o seu percurso, as suas origens e as suas ideias. O que se procura aqui é escutar esses autores e autoras e divulgar a sua voz fazendo uma análise coletiva. José Afonso marcou um tempo mas continua ainda presente. Há ainda esta ideia muito portuguesa de um rosto, de um indivíduo que marcou com a sua visão e forma de fazer completamente diferente, que pode voltar e salvar isto tudo, mas não seremos todos nós capazes de o fazer todos os dias? Onde está o Zeca? Onde estamos nós? "Onde está o Zeca?” é uma coprodução A música portuguesa a gostar dela própria e do Festival Política. Filme legendado em português. Conversa com o realizador e convidados com interpretação para Língua Gestual Portuguesa (LGP).
22 de novembro, sexta-feira
10h00 (escolas) e 19h00 (público em geral) / Cinema e conversa / M/12 / Palco do grande auditório
A cor da liberdade, de Julio Pereira, 69’ (Portugal)
Documentário que parte da história de José Pedro Soares, ex-preso político que foi detido e torturado pela PIDE entre 1971 e 1974, e contextualiza Portugal e a sua realidade social à época, através das memórias de ex-presos políticos, historiadores, jornalistas e artistas. Uma mensagem de luta e diferentes formas de resistência que é urgente conhecer e preservar. Filme falado e legendado em português.
18h00 / Conversa Beers & Politics / Café Concerto
Portugal desistiu de combater a corrupção?, com João Paulo Batalha
Uma conversa descomprometida de café onde a primeira cerveja é oferecida pelo Festival Política.
A alínea j) do Programa do Movimento das Forças Armadas, apresentado a 25 de Abril de 1974, prescrevia como medida imediata do novo regime "o combate eficaz contra a corrupção”. 50 anos depois, a corrupção é a grande ameaça à democracia. Portugal desistiu deste combate? Uma conversa descontraída que assinala a estreia do formato Beers & Politics em Portugal.
João Paulo Batalha é vice-presidente da associação Frente Cívica, dedicada à defesa de questões de interesse público, e consultor nas áreas da boa governança, transparência e políticas de combate à corrupção, além de colunista e conferencista, tratando temas ligados à integridade pública e à participação cívica. Em 2010, foi um dos fundadores da Transparência Internacional Portugal, tendo desempenhado as funções de diretor executivo e presidente da direção. Com interpretação para Língua Gestual Portuguesa (LGP) mediante solicitação através do e-mail participa.politica@gmail.com.
21h30 / Concerto / M/6 / Sala D. Afonso Henriques
Luta Livre, 75’
Depois de projetos como Peste & Sida, Despe e Siga ou A Naifa, é em Luta Livre que Luís Varatojo olha para a sociedade de forma acutilante, fazendo da cantiga a sua arma. Neste 2024, irá celebrar os 50 anos da Revolução dos Cravos com um novo espetáculo especialmente criado para a efeméride, com forte impacto visual, apresentando ao vivo os temas dos álbuns "Técnicas de Combate” (2021) e "Defesa Pessoal” (2023). Com interpretação para Língua Gestual Portuguesa (LGP).
23 de novembro, sábado
16h00 / Conversas dinâmicas / Foyer
Todas As Vozes, com Ana Cristina Pereira
Ana Cristina Pereira é uma jornalista empenhada na escuta dos grupos sociais mais vulneráveis. Faz um esforço para trazer para as páginas do jornal Público e para os seus livros as histórias dos "desimportantes” - os invisíveis, os esquecidos, os proscritos, os do baixo, os de trás, os da margem. Ouvir todas as vozes é um imperativo ético, mais ainda agora que em tanto lado crescem grupos misóginos, homofóbicos, xenófobos, racistas. Nesta sessão, partilha a sua reflexão sobre a diversidade social e cultural, a importância de escutar quem não está nos centros de poder e a responsabilidade de informar, de documentar o presente. Faz isso recorrendo a exercícios pensados para puxar quem a ouve para dentro deste debate que diz respeito a todas as pessoas.
Com interpretação para Língua Gestual Portuguesa (LGP) mediante solicitação através do e-mail participa.politica@gmail.com.
17h45 / Música / Foyer
Dar Voz à Sombra, Catarina Pastilha, 10’
É um projeto musical que pretende trazer a palco ideias e emoções de pessoas que vivem na penumbra da sociedade. Uma obra de três andamentos (a Escuridão, a Pessoa e a Luz), para soprano e piano, com música, letra e voz de Catarina Pastilha, acompanhada ao piano por Raquel Resende. Projeto vencedor do concurso de bolsas para jovens artistas, ativistas e criadores desenvolvido pelo Festival Política e pelo Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ). Com interpretação para Língua Gestual Portuguesa (LGP).
18h30 / Performance /M/6 / Black Box
AMI.LCAR, de Djam Negui, 60’
AMI.LCAR é um espetáculo inspirado na vida e obra do pensador de um dos maiores líderes de todos os tempos ⎯ Amílcar Cabral. Num exercício de extensão do seu legado, o artista Djam Neguin ficciona episódios da sua existência e da sua ideologia emancipatória, anticolonial e ecológica, a partir do uso de dispositivos multimédia e da inteligência artificial, tensionando o real e o virtual, o humano e o pós-humano. Com interpretação para Língua Gestual Portuguesa (LGP). Informamos que este espetáculo contempla a utilização de luzes estroboscópicas.
21h30 / Humor / M/16 / Grande auditório
O que importa é participar, espetáculo de Hugo van der Ding, 120’
O que importa, como sabemos, é participar. Ainda que, por vezes, não levemos a taça para casa. A História de Portugal está cheia de participações especiais. Como daquela vez que os padres se passaram com o rei e o puseram a andar (1245). Ou quando o povo de Lisboa mandou o bispo de Lisboa em voo pela janela da Sé (1383). Ou aquela vez em que as fiandeiras do Porto se revoltaram contra o rei, que era espanhol (1629). Ou quando, no Brasil, o Zumbi dos Palmares lançou luta contra os portugueses (1695). Ou quando os trabalhadores das obras do Palácio de Mafra cruzaram os braços até que lhes pagassem o que deviam (1732). Ou quando os pescadores de Olhão se revoltaram contra as tropas dos franceses (1808). Ou quando um grupo de mulheres do Norte quis à força enterrar uma velha numa igreja (1846). Ou quando os tipógrafos de um jornal fazem a primeira greve fabril em Portugal (1849). Ou quando umas curandeiras burlonas chinesas quase derrubaram a República (1911). Ou quando andou tudo à batatada pela falta de batatas (1917). Ou quando, contra a ditadura do Estado Novo, se assaltou um barco (1961), um avião (1961) e um banco (1967). Terminando tudo, faz agora cinquenta anos, num dia inicial inteiro e limpo (1974). Com interpretação para Língua Gestual Portuguesa (LGP).
23h15 / Cinema / M/18 / Grande auditório
Will you come with me?, de Derya Durmaz, 2’ (Alemanha)
Uma pequena história passada em Berlim. A cidade que aparenta ser um território de liberdade, dá uma bofetada na cara no momento das relações mais íntimas.
Fragments, de Marie-Lou Béland, 9’ (Canadá)
Vozes de mulheres levantam-se para testemunhar momentos de violência sexual. São fragmentos de experiências que traçam um retrato social.
Nadie se enamora en un cine porno, de Varinia Perusin, 9’ (Argentina)
H. é um homem adulto que frequentou cinemas de filmes pornográficos de Mar del Plata durante a maior parte de sua vida. Após uma experiência reveladora, reavalia a forma como se relaciona com a sociedade.
Maghreb’s hope, de Bassem Ben Brahim, 24’ (Argélia, Brasil, Marrocos e Tunísia)
Retratos das experiências de pessoas queer do Magrebe, nomeadamente da Líbia, Argélia, Tunísia e Marrocos. São pessoas que, corajosamente, quebraram tabus sociais em torno do seu género e sexualidade, desafiando os sistemas legais, sociais e familiares.
Acessibilidades
Todos os espetáculos e debates têm interpretação para língua gestual portuguesa e todos os filmes, incluindo os falados em português, estão legendados em português.