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Onde Está a Liberdade?

16 Set18:30
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Cinema e audiovisual

Salvatore / Totò, um barbeiro que esteve preso de 1930 a 1952, por um crime de ciúmes, passou ao lado da ascensão e queda do fascismo, da Segunda Guerra Mundial, e da libertação de Itália pelas tropas americanas. Quando saiu, teve que recomeçar do zero. “A Itália está cheia de expectativas por um ‘Mundo novo e melhor’. […] Em Onde Está a Liberdade? / Dovè la Libertà? são ilustradas as expetativas traídas do pós-guerra. “É um país que ainda possui as bactérias violentas do egoísmo e dos preconceitos gerados pelo fascismo. (Renzo Rossellini) É uma parábola no mais puro estilo swiftiano [] Para mim, é o mais belo filme de Rossellini. (Pierre Kast).


 


Roberto Rossellini começou cedo no cinema, influenciado pelo pai, que construiu a primeira sala de cinema de Roma. Durante a Segunda Guerra Mundial, realizou filmes de propaganda, mas ganhou notoriedade com Roma, Cidade Aberta (1945), marco do neorrealismo italiano. Nos anos 50, iniciou uma parceria com Ingrid Bergman, com quem realizou obras marcantes como Stromboli (1950) e Viagem em Itália (1954), aprofundando questões filosóficas e existenciais. A partir de 1966, dedicou-se à televisão. Rossellini foi um dos grandes inovadores do cinema moderno, influenciando realizadores como Godard e Scorsese.


 


O cinema italiano marcou e influenciou a história do cinema, no seu período áureo, que começou no pós-guerra e se prolongou ao longo de algumas décadas, dos anos quarenta aos setenta. Viajamos pelos “anos de ouro do cinema italiano”, com a exibição de filmes, em cópias restauradas, alguns inéditos em sala, realizados por cineastas que marcaram profundamente o nosso imaginário de espectadores, que criaram dezenas de obras-primas premiadas nos grandes festivais de cinema, que ganharam Óscares e que eram amadas pelo público. Como refere o crítico e curador Roberto Turigliatto, “existia nessa altura uma riqueza tal no cinema italiano que é muito difícil de reencontrar posteriormente. Era um dos grandes cinemas no mundo, quer em número de autores grandes e importantes, quer em capacidade de fazer um grande cinema popular de grande nível estético.” Viva il cinema italiano!