Fanny e Alexandre

Este filme alia a melancolia e a intensidade emocional de Bergman com a alegria e a sensualidade. Em Fanny e Alexandre, ficamos a conhecer a vida da família Ekdahl – as suas alegrias e tristezas – através dos olhos de Alexandre, um rapaz com dez anos de idade.
 
 
Nenhuma outra arte – nem a pintura nem a poesia – conseguem comunicar a qualidade específica dos sonhos tão bem quanto o cinema. Quando as luzes se apagam numa sala de cinema e aquele ponto de luz branca se abre para nós, o nosso olhar pára, instala-se e torna-se bastante estável. Sentamo-nos apenas ali, deixando que as imagens fluam sobre nós. A nossa vontade cessa. Perdemos a capacidade de resolver as coisas e de colocá-las nos seus devidos lugares. Somos arrastados para uma sequência de eventos – somos participantes de um sonho. E criar sonhos… aí está um trabalho sumarento.
— Ingmar Bergman