Também se matam cavalos
Público:
M/14
Preço:
€8
€6 estudantes / maiores de 65 anos / grupos (mínimo 10 pessoas) / desempregados / profissionais de artes performativas e de música
- Para adquirir bilhetes de Mobilidade Reduzida, por favor, contacte a bilheteira do Convento São Francisco (diariamente entre as 15h00 e as 20h00, através do telefone n.º 239 857 191, ou envie mail para: bilheteira@coimbraconvento.pt
Este espetáculo está integrado na programação da 4ª edição do Festival e Laboratório Internacional de Artes Performativas Linha de Fuga 2024. Ao longo do mês de novembro, Linha de Fuga apresenta uma programação de espetáculos, performances, conversas e workshops que propõe "Enfrentar medos” como forma de chegar a uma sociedade mais harmoniosa e justa. Mais informações: www.linhadefuga.pt
No Brasil, durante nove décadas, existiu um hospício, o Hospital Colónia de Barcarena, onde pessoas marginalizadas, gays, mulheres, inimigos políticos da elite, alcoólicos sem casa, crianças indesejadas, andarilhos, epiléticos eram encerrados junto a pessoas diagnosticadas com problemas de saúde mental e todas recebiam o mesmo tratamento brutal instituído por um sistema que não as queria. Mais de 60 mil pessoas morreram no que se denominou de Holocausto Brasileiro. Estas higienizações sociais continuam a existir, matam-se subjetividades, matam-se negros, pobres, refugiados, mulheres, travestis, sonhadores, militantes.
Nesta peça, Cavalcanti constrói uma fuga.
E se quatro pessoas fugitivas desse hospital estão na estrada, partilhando um pacto comum? E se eles pensam que são uma banda rock em tourné? E se estão escondidas numa garagem ou prédio abandonado a ensaiar para um concerto mas sem instrumentos? Quem são essas pessoas, o que sentem, como se relacionam entre si? Quais os limites entre a loucura e a imaginação? Como manter pensamentos e corpos livres como uma criança que (ainda) não está condicionada como ser social e produtivo?
Cavalcanti queria fazer uma peça onde as pessoas se emocionassem. Gosta de pensar na sua mãe quando faz peças, imaginar um mundo melhor para ela, para as pessoas que ama e mesmo para as pessoas que não conhece. Como materializar isso numa dança?
Matam-se cavalos quando estes deixam de ser úteis para o ser humano, como se algo ou alguém tivesse que ter alguma utilidade. Esta peça é sobre uma manada de cavalos que correm livres no campo aberto, exaustos, porém felizes; não sabem que vão morrer na guerra. Esta peça é um exercício sobre a liberdade.
Ficha Artística/Técnica
Criação, interpretação e direção: Francisco Thiago Cavalcanti
Cocriação e interpretação Bárbara Cordeiro, Francisca Pinto e Piero Ramella
Colaboração na criação Clara Kutner, Lander Patrick e Lisa Nelson
Acompanhamento artístico João Fiadeiro, Carolina Campos e Daniel Pizamiglio
Luz e direção técnica: Santiago Rodriguez Tricot
Apoios: Fórum Dança, L ’Obrador Espai de Creació, La Caldera, Transborda
Coprodução: Teatro do Bairro Alto
Fotos: Safire Hikari, Lucas Damiani, Clara Kutner, João Fiadeiro
Agradecimentos: Lia Rodrigues, Marlene Monteiros de Freitas, Katarina Lanier, Jovan Monteiro, Equipe do Pacap 5 e do Fórum Dança
No Brasil, durante nove décadas, existiu um hospício, o Hospital Colónia de Barcarena, onde pessoas marginalizadas, gays, mulheres, inimigos políticos da elite, alcoólicos sem casa, crianças indesejadas, andarilhos, epiléticos eram encerrados junto a pessoas diagnosticadas com problemas de saúde mental e todas recebiam o mesmo tratamento brutal instituído por um sistema que não as queria. Mais de 60 mil pessoas morreram no que se denominou de Holocausto Brasileiro. Estas higienizações sociais continuam a existir, matam-se subjetividades, matam-se negros, pobres, refugiados, mulheres, travestis, sonhadores, militantes.
Nesta peça, Cavalcanti constrói uma fuga.
E se quatro pessoas fugitivas desse hospital estão na estrada, partilhando um pacto comum? E se eles pensam que são uma banda rock em tourné? E se estão escondidas numa garagem ou prédio abandonado a ensaiar para um concerto mas sem instrumentos? Quem são essas pessoas, o que sentem, como se relacionam entre si? Quais os limites entre a loucura e a imaginação? Como manter pensamentos e corpos livres como uma criança que (ainda) não está condicionada como ser social e produtivo?
Cavalcanti queria fazer uma peça onde as pessoas se emocionassem. Gosta de pensar na sua mãe quando faz peças, imaginar um mundo melhor para ela, para as pessoas que ama e mesmo para as pessoas que não conhece. Como materializar isso numa dança?
Matam-se cavalos quando estes deixam de ser úteis para o ser humano, como se algo ou alguém tivesse que ter alguma utilidade. Esta peça é sobre uma manada de cavalos que correm livres no campo aberto, exaustos, porém felizes; não sabem que vão morrer na guerra. Esta peça é um exercício sobre a liberdade.
Ficha Artística/Técnica
Criação, interpretação e direção: Francisco Thiago Cavalcanti
Cocriação e interpretação Bárbara Cordeiro, Francisca Pinto e Piero Ramella
Colaboração na criação Clara Kutner, Lander Patrick e Lisa Nelson
Acompanhamento artístico João Fiadeiro, Carolina Campos e Daniel Pizamiglio
Luz e direção técnica: Santiago Rodriguez Tricot
Apoios: Fórum Dança, L ’Obrador Espai de Creació, La Caldera, Transborda
Coprodução: Teatro do Bairro Alto
Fotos: Safire Hikari, Lucas Damiani, Clara Kutner, João Fiadeiro
Agradecimentos: Lia Rodrigues, Marlene Monteiros de Freitas, Katarina Lanier, Jovan Monteiro, Equipe do Pacap 5 e do Fórum Dança
Sessões passadas
29 Nov19:00
- 20:20
Convento São Francisco