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Onde Aterrar

05 Jan 202621:30a
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Cinema e audiovisual

À procura de uma vida mais tranquila e uma maior proximidade com a natureza, Joseph Fulton, um realizador aposentado, candidata-se a um emprego como assistente de jardineiro num cemitério local – quer apenas manter-se ocupado, ao mesmo tempo que decide colocar os assuntos em ordem, redigindo o seu testamento. Mas a família, amigos e vizinhos interpretam mal a situação: assumem que ele está a morrer e juntam-se no seu apartamento para um último adeus com direito a filosofia desajeitada sobre o significado da vida. Uma delícia nova-iorquina.


 


Na paisagem do cinema independente americano, Hal Hartley (n. 1959) é ainda um segredo bem guardado. Porquê? Porque, ao contrário de outros cineastas da sua geração, manteve uma fidelidade férrea ao significado da palavra independente – além de ter a sua própria produtora (Possible Films), não abdica de um método rigoroso, que vai do elemento mais técnico ao diálogo mais filosófico ou excêntrico. Começou no final dos anos 80, início dos 90, com a marca identitária da comédia romântica (The Unbelievable Truth, Trust), e prosseguiu com um cinema firme na ambiguidade e no gosto pela palavra. O seu mais recente filme, Where to Land (2025), teve a sua estreia europeia na Competição Oficial do LEFFEST – Lisboa Film Festival (que também lhe dedicou uma retrospetiva quase integral), onde venceu o Grande Prémio NOS.