Cão Preto

Depois de dez anos na prisão, Lang regressa à sua cidade natal no noroeste da China, agora quase abandonada e prestes a ser arrasada para dar lugar a um complexo de fábricas. No esforço de limpar a cidade antes dos Jogos Olímpicos de Pequim de 2008, Lang apenas consegue encontrar trabalho na caça aos cães vadios. Um cão preto e perigoso, com uma alta recompensa de captura, morde Lang. Os dois ficam isolados para evitar a propagação do vírus da raiva e desenvolve-se uma amizade entre eles. Através do retrato profundamente sincero da relação entre o homem e o animal, o filme conta uma história de redenção e renovação. — Medeia Filmes
 
Guan Hu (China, 1968) é filho de uma atriz de teatro e de um ator de cinema, Hu cresceu numa família ligada à sétima arte, o que lhe despertou a vontade de seguir uma carreira no cinema. Em 1991, licenciou-se na Academia de Cinema de Pequim. Três anos depois, realizou a sua primeira longa-metragem Tou fa luan le, considerado um dos principais filmes da “sexta geração” do cinema chinês, da qual fazem parte realizadores como Jia Zhang-ke e Lou Ye. Esta geração surgiu nos anos 90 e as suas obras são caracterizadas pela atenção à vida contemporânea e o foco nas comunidades marginalizadas numa China a sofrer profundas transformações económicas e sociais. Os filmes seguintes de Hu são maioritariamente filmes comerciais sobre a história militar chinesa, com tons patrióticos, como Lao pao er (2015), Ba bai (2020) e Jin Gang Chuan (2020). O seu filme mais recente, Gou Zhen, estreou no Festival de Cannes, em 2024. Vencedor da secção Un Certain Regard, o filme marca o regresso de Hu às suas origens no cinema independente chinês.